O IBDP
O Instituto Brasileiro de Direito Processual Civil foi fundado em agosto de 1958, em Porto Alegre, por uma plêiade de processualistas, seguidores da linha científica do direito processual introduzida no Brasil por Enrico Tullio Liebman. Lê-se da ata de fundação:
“Aos quinze dias do mês de agôsto do ano de mil novecentos e cinqüenta e oito, na Faculdade de Direito de P. Alegre, da Universidade do Rio Grande do Sul, presentes o Sr. Diretor, Prof. José Salgado Martins, e os Srs. Professores Luiz Eulálio de Bueno Vidigal, Alfredo Buzaid, José Frederico Marques, Bruno de Mendonça Lima, Alcides de Mendonça Lima, Vicente Marques Santiago e Galeno Vellinho de Lacerda, foi decidida a fundação do Instituto Brasileiro de Direito Processual Civil (I. B. D. P. C.).”
“A idéia de fundação do Instituto, que vinha sendo difundida nos meios universitários, encontrou caloroso acolhimento na sessão de encerramento dos trabalhos da “1ª Semana de Estudos de Direito Processual Civil”. O momento e o local escolhidos para a concretização daquela idéia representam uma homenagem do Processualistas Brasileiros ao Estado do Rio Grande do Sul, que, no ano corrente, celebra o cinqüentenário de promulgação do primeiro Código Estadual de Processo Civil elaborado no Brasil. O referido código, trabalho pessoal do ilustre Dr. Antonio Augusto Borges de Medeiros, foi, a pedido deste, estudado, emendado e refundido por uma comissão de professores da então Faculdade Livre de direito de Porto Alegre, tornando-se lei em 15 de janeiro de 1908.”
O Instituto, sob a presidência de Alfredo Buzaid, realizou o Congresso Internacional de Direito Processual Civil, em Campos do Jordão, com a presença de Enrico Tullio Liebman. Reflexo das atividades do Instituto foi o notável encontro de Curitiba, em 1973, em que o grupo seleto de membros do Instituto discutiu e deliberou sobre propostas de interpretação do novo Código de Processo Civil, o Código Buzaid. O próprio Buzaid, também membro do Instituto, debateu modestamente o Código recém aprovado, em igualdade de condições com os colegas. Foi o primeiro conclave de que participaram os processualistas da nova geração, apresentando suas propostas e vendo-as discutidas pelos Mestres: dentre eles, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco.
Mas as atividades do Instituto cessaram e só em 27 de abril de 1987, por iniciativa de um grupo de processualistas, ligados aos fundadores, é que a entidade ressurgiu, voltando-se agora a todos os ramos do direito processual. Surgia, assim, em sua segunda fase, o Instituto Brasileiro de Direito Processual-IBDP, sendo eleito como presidente o Professor Celso Neves, titular de Direito Processual da Universidade de São Paulo. Na mesma ocasião, Ada Pellegrini Grinover foi eleita Vice-Presidente e assumiu a liderança operacional do Instituto renovado. Os demais diretores foram Vicente Greco Filho (Secretário-Geral), Carlos Alberto Carmona (Secretário Executivo) e Kazuo Watanabe (Tesoureiro).
O novo estatuto previu a existência de um Conselho Consultivo, cujo primeiro presidente foi Cândido Rangel Dinamarco.
Em 1993 Ada Pellegrini Grinover assumiu a presidência do Instituto, sendo Vice-Presidente Teresa Arruda Alvim Wambier, Secretário-Geral Carlos Alberto Carmona, Secretário Executivo José Roberto dos Santos Bedaque e Tesoureiro Kazuo Watanabe.
Em 2014 Ada Pellegrini Grinover tornou-se presidente de honra do Instituto. « Voltar